sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Tenha pena de mim

Tenho medo do que eu possa fazer. Tenho medo das pessoas que posso machucar e do tamanho da ferida que posso causar. Às vezes me sinto madura o suficiente para levar tudo isso adiante, mas em outras, sinto uma vontade de acordar sem ninguém, sem compromisso com qualquer ser que seja. 

Eu gosto é mesmo no início das coisas, quando o amor é tão grande que não cabe em um "eu te amo". Quando sentir saudade foge de todo o seu controle. Quando a pessoa se esforça para que tudo termine bem no final do dia e não apenas te deixa falando sozinha. Queria que a paixão durasse muito mais do que um par de meses, mas não dura, tá aí um fato. O que fica, no final, é apenas o apego e o conforto de ter alguém completo e que esteja te cercando. 

Depois que você acostuma com alguém do seu lado, não dá mais para gostar de dormir sozinho, de passar os finais de semana com maratona de filmes (para ver se o tempo passa mais rápido) ou até mesmo enchendo a cara e rindo horrores de coisas sem graça. Fico perdida por não existir um meio termo, fico confusa por não ter como cobrar 100% de um pessoa, sendo que eu dou no máximo 50.

Não dá para prever a felicidade, mesmo porque esta só vem de vez em vez. Felicidade é como doce, é bom, mas se você comer doce o tempo todo perde a graça e aí tudo vira uma droga. Acho que a paixão tem um pouco disso também, se for paixão sempre vira a droga da pena. Talvez seja isso.

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